O barquinho

Escuta-me, alguém já pode ter te falado

Coisas lindas, que jamais vais esquecer...

Mas, ouça, eu te falo deslumbrado:

A minha Primavera começaria com você!...

Escuta-me, alguém já deve ter te dito

Que o teu corpo é um oásis de prazer...

Mas, ouça: no meu deserto, ele seria bendito,

Único e vital líquido para beber!...

Escuta-me, poetas já versos te fizeram,

Transbordando-te rios, torrentes de emoção...

Mas, ouça: nunca, nunca isto te disseram:

Tu serias um mar a inundar minh’alma de imensidão!...

Escuta-me, apaixonados, loucos, afinal,

Te juraram amor. E fizeram de ti, de amor os seus lemas....

Mas, ouça: para que jurar, se o amor por ti seria punhal

Que cortaria e sangraria todos os meus poemas?

Então, escuta-me e não me digas mais nada,

Esquece os poetas que não cantaram com o coração...

Entra no meu barquinho e naveguemos, minha amada,

Pelos mares nunca dantes navegados da minha paixão!...

(Antonio Maria/ São Luís - MA, 14/02/2004

Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 14/09/2006
Reeditado em 26/12/2008
Código do texto: T240241
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