O Museu
Havia um plebeu
Que todo dia
Visitava aquele museu
Do cicerone sempre ouvia
Um recorte que não era seu
Um dia interpelado
Até agradeceu
Não podia ver repudiado
Belas obras, nada seu
O segurança, menos preocupado
Mais uma vez, não o reteu
Tinha um olhar desconfiado
Que logo pereceu
Diante de tal sinceridade
Ali tudo entendeu
Um amante de elevada sensibilidade
Por fora, um plebeu
Independente de sua pobreza
Seu coração tinha nobreza
Curvava-se diante de declarada beleza