Pétala de Sol*
 

naquele sonho
o recitar-te
resignou-se ao sopro
não era a Lua
que declinava
e pedia entrada
era o afago
da textura prata
da nossa palavra.
 
tímida claridade
sorrisos de ambos
no aflorar da frase.
 
toda a quentura
do poente anoiteceu
e no meu lábio
uma pétala de Sol cresceu.
 
não indagues do mistério
da trepidação
do cintilar do verbo
nem do receio anil
do beijar rubro
num poema viril.
 
Karinna*

 
Karinna
Enviado por Karinna em 27/07/2010
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