O que restou?
Nessas estradas que se fecham,
nesses labirintos de escuridão
perdi-me de você.
Mergulhei tão fundo dentro deste mar,
que quando voltei à tona
tudo já havia partido.
E fiquei esperando o bater das asas,
estas, contudo, se despedaçaram,
como as de um anjo caído do penhasco.
Mas esta vontade de ti, estranha e sem causa.
Vontade que amo e odeio,
esta, tão ferozmente, aguarrou-se aos meus pés,
como maldição dos deuses,
como um oráculo mal jogado.
E, aqui fiquei à espera dos milagres que se perdem
E do nascimento da flor que já morreu.