NO BICO DO SEIO DELA

NO BICO DO SEIO DELA

14.04.10 (Pacajus)

O trem ia bem lotado

De gente para o sertão

A noite vinha chegando

Subi no trem apressado

E fiquei bem apertado

No meio do corredor

Fui olhando ao derredor

E vi bem na minha frente

Uma cabocla bonita

Sentada numa poltrona

Fui chegando, fui chegando

Até parar perto dela

Passeei pelo pedaço

De mulher apetitosa

E notei que sua blusa

Era frouxa e transparente

E ela não se incomodava

Com meu olhar indecente

A noite chegou depressa

No sertão quente e deserto

E o povo se aquietando

Relaxando pra dormir

E eu não tirava os olhos

Dos bicos dos seios dela

De repente uma Jati

Ficou a voar perdida

Revoando, revoando

Com certeza embriagada

Com o perfume que saia

Dos bicos dos seios dela

Um beija-flor agitado

Ficou horas a pairar

Esperando sua vez

No abre e fecha da blusa

Pensando que era uma flor

O bico do seio dela

E o vento traiçoeiro

Entrava pela janela

Revolvia seus cabelos

Trazia pra mim seu cheiros

E de vez em quando eu via

Os bicos dos seios dela

Parecia feito em molde

Pelas mãos de carpinteiro

Uma goiaba de vez...

Com espinho de jurema

Era mesmo que estar vendo

O bico do seio dela

Altas horas tudo calmo

Todos estavam a dormir

E eu em pé encostado

Por trás de sua poltrona

Apreciando a paisagem

Dos bicos dos seios dela

Então eu fui me ajeitando

Procurando me aprumar

Não tinha ninguém olhando

Aproveitei o momento

E ainda caiu um pingo

No bico do seio dela...

(Marcos Papaleo)

Gladiator
Enviado por Gladiator em 26/07/2010
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