DIANTE DA VIDA
Cruzo meus braços diante da vida
E deixo me levar de olhos fechados,
Ando com os pés calçados onde há subida,
trago-os descalços nos trechos alagados.
Nada me machuca. Prevenida está minh'alma.
Olho para trás. Só depois vou olhar pra frente,
Procurando acomodar-me na santa calma,
Viver na mansidão, ser gente...apenas gente!
O amanhã é uma emenda, é um começo
De um novo dia, talvez pouco diferente.
Não importa! Quero sim o que careço
Que é a bênção de um Deus Pai, onipotente.
DIONÉA FRAGOSO