Cornicotilhas

Que cornicotilhas se encontrem

Enquanto congelo minha alma

Debruçado em qualquer canto

Esse espelho ja quebrado, reflete a luz que me cega

Mil gametas me compreendem menos eu que me ensurdeço

Coração cornicotilhado

Que insiste em bater e apanhar a sua espera

Degelo maldito que me assombra

Por todos esses dias pronunciei seu nome em vão

Vá para o inferno toda essa amargura

Que se esparrame em sangue e que fervilhem todas as esperanças

Um dia eu quis ser ninho

Mas essa berrante cornicotilhas me prende

Me segura com cabos de aço

Crucificada seja a sua ideia que não me alcança

Por mil vezes seja decretada o seu fim

Não é raiva, nem lembrança

È apenas mais um desabafo

Dessa cornicotilha que insiste em escrever sobre você

Eu não seguirei mais seus passos

Estou cornicotilhado de tanto sofrimento

Mas de agora em diante chega

Mil vezes será lavrado em ata nossos passos

Registrado aqui fica a minha revolta

Da tão cornicotilhada esperança que um dia deixei de ter

Eder Marçal
Enviado por Eder Marçal em 25/07/2010
Código do texto: T2398584
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