Flores e cinzas
As cinzas deixadas pelo vulcão
A atmosfera invadiram, anuviavam-se
Flores, amores da minha paixão,
Depois brincavam de rola-rola
E juntavam-se na tosca pedra do grotão.
A vida já não era mais a mesma
Seres estranhos em franca evolução
Quem falava não ouvia
Quem ouvia nada dizia
Todos desalmados de armas nas mãos.
O bote que no rio descia engalfinhou-se
Na plataforma da ilusão, extinguiram-se
Botos e sereias nas profundezas
E a água que era limpa virara aluvião.
A grama do aterro virou erva daninha
Das matas a clareira vinha
E mexia com a minha emoção
Cavalos eram de aço
Sem ritmo ou compasso, nem trotinho nem trotão.
O amor havia se desfeito
E ninguém mais se olhava
Restava dentro do peito a cava de um coração.