VEREDAS
Palmeiras alinhadas
alameda trilhada
sonhos jogados pro alto
pés agora descalços
caminhos cruzados em reta
braços esquecidos
pés andados
instantes
corpos inertes
distantes
e só a inquietante alameda
sem fim redesenhada
multiplicada aos confins
(saudade deixaste pra mim)
esteira a correr descaminhos
ilusão para olhos desatentos
plenitude que entontece
em muda imponência te vestes
e recolhes a nossa perplexidade
em teu precioso e verde cálice
correndo sempre pra frente
em ânsia de grande impaciência
te lanças em busca de quê?