Amarelos.

o covarde ainda espera

apoiado na parede

sem nenhum respeito

os infelizes morrem

o corvo esta lá

do outro lado da minha janela

olhos amarelos irão ama-la

algum dia

ele me aponta o caminho

e o caminho não tem direção

o covarde ainda espera

uma oportunidade óima

para desistir diante do problema

os que esperam

acabam sendo devorados

por olhos anestésicos

amarelos

como a lua cheia de janeiro

eu não vou falar de mim

agora é sua vez

não espere que eu seja um bom amigo

desse lado do espelho

bom significa morto...

eu não vou citar suas frases feitas

nem pensamentos abrasivos

como a quase sempre santa

ignorância

o covarde está lá esperando

tentando roubar o que eu escrevi

apoiado no muro

o velho corvo se distraiu e eu fugi

agora ele esta atrás de voce

e talvez a covardia não sirva pra muita coisa

agora que abriu minha gaiola

os sonhos todos se espalharam no cetim

e não a justiça no sangue derramado

ele vai ama-la algum dia

o corvo cego comeu o olho do covarde

e agora ele não copiará o que eu deixei

na parede de um porão abandonado

com carvão e canivete eu risquei

ando como um fugitivo

carregando um olho amarelado

e o outro é a lua cheia de janeiro...

ele algum dia vai tentar rouba-lá...

AbnerSohel
Enviado por AbnerSohel em 24/07/2010
Código do texto: T2397508
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