ETERNIDADE DO AMOR

Foste tu o meu pior desatino
e também a mais doce ilusão
Um universo de amor cristalino
que em cacos fez meu coração

Pudera alçar em asas coloridas
um voo com destino ao infinito
Quem dera não tivesse me consumido
as lágrimas sentidas deslizadas sobre a face

Desejei ter-te entranhado nos poros
tatuado na carne crua
com tinta em relevo
as inicias que me condenam

E por fim não resistiria
aos teus lábios insanos
na pronúncia bendita
que teus olhos derramam

Sobre o vigor da chama que me consumia
Errante debruçei-me sobre teus versos
Me iludi, amei, como amei...!
Hoje sobrevivo a saudade
vivendo da eternidade que o amor se faz
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 23/07/2010
Código do texto: T2395953
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