SEXTA TENTATIVA (2)
Os meus olhos sangram
O meu coração morto não bate
Só agoniza dentro da minha caixa torácica.
Sinto frio nos pés,
Sinto falta da minha alma
Sinto como se o meu corpo não mais existisse
Não mais me pertencesse.
O que posso fazer eu
A não ser banhar o meu corpo com lágrimas
Ou jogar os cacos que restam fora.
Posso exclamar que não tenho vida
Mas tenho a opção
De tira – lá assim mesmo.
E pode até ser que eu faça isso essa noite
Que eu deite no manto aconchegante da morte
E repouse para sempre.