Três sertões em um só dão uma história / Que um livro inda é pouco pra narrar.
Três sertões como único universo
Englobado com homens da história
Conselheiro na sua trajetória
Foi um líder pacato de sucesso,
Lampião com a faca foi perverso
Que usou a caatinga como lar
Ele foi bom no tiro pra matar
Que não deu sua mão à palmatória
Três sertões em um só dão uma história,
Que um livro inda é pouco pra narrar.
Conselheiro com sua lei sagrada
Deu conselhos fiéis como escudos,
Foi ao chão com a guerra de canudos
Mas deixou uma história a ser contada,
Lampião só pensava em emboscada
Com o olho na mira a atirar
Padre Ciço vivia de rezar
E em falar de amor, de paz e glória,
Três sertões em um só dão uma história,
Que um livro inda é pouco pra narrar.
Lampião foi um homem de vingança
Que viveu nas entranhas do sertão
Mas falando de Cícero Romão,
A feição de homem mal tinha mudança
No seu bando fazia a liderança
Muita coisa esse homem quis mudar
Social pra honrar seu patamar
E um valente pensando na vitória
Três sertões em um só dão uma história,
Que um livro inda é pouco pra narrar.
Um sertão Social e outro sertão,
Que faz parte da área da Política,
Que a justiça era cega e paralítica
E pra mudá-lo fez guerra Lampião,
Já o outro sertão, Religião,
Conselheiro lutando pra brilhar
Mas só vimos uma luz se apagar
Quando a morte forçou a trajetória
Três sertões em um só dão uma história,
Que um livro inda é pouco pra narrar.
Rafael Neto
23/07/2010.