Desdita

O fastio desta senda me consome,

A agrura desta vida me soterra,

Penúrias e paixões vis que meu peito encerra,

Jugos e grilhões que tolhem o homem.

O prazer, ah o prazer!

Soçobre diáfano homem pudibundo,

Vou além, nenhures deste mundo,

Em busca no imarcescível de meu ser.

Crimes, orgias, vícios e descaminho,

Elegia a Baco regalada de ópio e vinho,

Declino maldito... Desdita.

Retorno inglório ao Pai sempiterno,

Lugar exaltado! Profundo do inferno,

Acolhida celestial desta alma maldita.

williamjacobs
Enviado por williamjacobs em 22/07/2010
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