Desdita
O fastio desta senda me consome,
A agrura desta vida me soterra,
Penúrias e paixões vis que meu peito encerra,
Jugos e grilhões que tolhem o homem.
O prazer, ah o prazer!
Soçobre diáfano homem pudibundo,
Vou além, nenhures deste mundo,
Em busca no imarcescível de meu ser.
Crimes, orgias, vícios e descaminho,
Elegia a Baco regalada de ópio e vinho,
Declino maldito... Desdita.
Retorno inglório ao Pai sempiterno,
Lugar exaltado! Profundo do inferno,
Acolhida celestial desta alma maldita.