Medida Insensata.
Viver da compulsão que te devora
No mundo já tão gasto da procura;
Recebe da ilusão que desarvora
O fundo, o largo e o vasto da clausura.
Saber na flor bem vinda quando chora
Que a lágrima é sofrida, mas não cura;
Sustenta nesta dor sua senhora
Enquanto ainda anseia por ternura.
Seguindo as rotas vagas dos sentidos
E cada passo mostra por si mesmo
Disfarça nos caminhos, vai perdido,
Na força em que navega cego a esmo
Não cabe na aflição do ser banido,
Assim, intimamente ser tal: ermo.