Oito Anos.

 

Inquietude era nada perto do arregaço
Que meu corpo sofria, ardia a alma
E eu ali, estátua
Ouvindo teu riso de encanto
Com os pingos da chuva
Polvilhando os vidros da janela.

Mas algo, que não recordo
A fez sai do quarto logo após
Beijar o frio obstáculo
Deixando desenhado tua boca.

Não hesitei...

De bate-pronto subi na banqueta
E colei meus lábios nos teus...
O vidro, a chuva, a sensação roubo
Testemunharam meu primeiro beijo.

De lá para cá, tantas bocas
Mas teus lábios de vidro
Deixado naquela janela
Fez deste o beijo mais inesquecível
Dos meus bem vividos oito anos.

 

Flávio Omena
Enviado por Flávio Omena em 22/07/2010
Reeditado em 15/06/2014
Código do texto: T2393361
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