RETORNO
Saudades de teus lábios sequiosos
da tua tirana doce maldade
de teus ataques volúptuosos
aquilo que era desejo de verdade.
Saudades dos beijos delirantes,
do corpo quente gotejando suor,
das noites de cunhos radiantes,
a falta deles não pode ser pior.
Agora te vejo assim tão fria
exalando tanta amargura
anseios do calor do dia
distanciando mais dessa candura.
Saudades das noites silenciosas
quando só se ouvia os gemidos
que de frequentes pareciam viciosas
sussurravas coisas em meus ouvidos.
Quero ver o teu retorno
que abandones de vez a depressão
deslumbrar teu corpo, o teu contorno,
e mexer de novo com meu coração.
Não quero mais sentir saudades
e sim viver supremos gozos
me livrar desta castidade
e deste relacionamento moroso.
Cansei de namoro tépito
não chegar em teus aposentos
agir e coagir intrépto
criar esses doces momentos.
Se saudades eu sentir de ti
que seja por estares longe
da abstinêcia que eu sofri
e daquela vida de monge.
(YEHORAM)