Não fora o calor apertar
Há uma performance acídia
Uma tibieza amolecida
Um prolixo dever por cumprir
Um devir com cheiro a mar
Um leque para me abanar
E, ainda…esperar…esperar…
Há uma areal na minha mente
Um manancial de águas vivas
Marés de ondas glaciares
Refresco dos meus sentidos
Um renovar das já parcas forças
Um enorme Julho por desbravar
Em contagem decrescente
E esperar…esperar…esperar
Em desespero de causa
Até dava para aguentar
Não fora o calor apertar