O QUE DE MIM
Que restará de mim?
Essa crosta ardente, quando terá fim?
Quando serei eu dentro do que sou?
Que imagem ficará, se assim já ficou...
Onde estarei quando ver no espelho
a crosta?
Parece lama seca,
trincada em vergaduras esperançosas,
Parece pedaços lastimosos de dores escabrosas,
Escabujo-me,
Fugidia preces vãs,
Sento-me cansada desesperançada,
E acordo, desse pesadelo
Cheio de desejos,
Que eu me vá...