Domingo

Foi-se o tempo em que no dia de domingo, sua língua acariciava os meus mamilos e em seu ouvido soava os meus gemidos.

Foi-se o tempo em que pela boca escorria mostarda e pelas suas mãos minha face acariciava.

Foi-se o tempo em que percebia os seus arrepios provocados por verdades que até hoje eu acredito.

Foi-se o tempo em que teus olhos aos meus sorriam.

Foi-se o tempo em que gozava constantemente pela alegria de estarmos juntos.

Foi-se o tempo em que meu corpo sentia em realidade o seu corpo, mais não se foi o tempo em que o mesmo espera o teu corpo.

Foi-se aquela manhã de domingo, onde o nosso bom dia era ao nudismo.

Foi-se o tempo em que almoçávamos carne humana.

Foi-se o tempo em que amando anoitecia o dia

Eu gosto de você, e me contento pelo modo em que estou unido, embora eu saiba a diferença da união em que nos encontro agora, eu não percebo ponto de vista, mas me alegro em momentos, eu não me engano quando digo que não vejo e nem espero futuro ao seu lado, porém alimento o quanto puder estar junto, não te vejo deste jeito que acha que eu te vejo, sempre deixei claro que na sua vida já se encontra um destino, e por isso não penso e nem vejo do jeito que você acha que eu vejo.

Neste vento em que folhas voam, eu mando meu cheiro, meu beijo, meu abraço apertado e esse ar gostoso em que brotei dentro de mim, não que eu, não o queiram mais, e sim para movimentar mais o que juntos fizemos nascer.

Láine
Enviado por Láine em 13/09/2006
Código do texto: T239133