Fome

Fome

A fome come a ânsia de viver,

o medo ceifa a sede da esperança

e os olhos colhem ao longo o vir-a –ser,

porque viver sem ver sempre nos cansa.

No âmago do estomago algo grita,

mas traz a voz os nós de uma mordaça.

Pensar- pinçar a dor que nos irrita,

ferir a fera que fareja e passa

A fome some a ânsia de vir ver.

o medo ceia a ceifa da esperança

e os olhos se encolhem no viver,

porque ouvir e ver sempre nos cansa.

No âmago do ômega algo grita,

mas jaz em nós a voz sob mordaça.

Pinçar-pensar a dor que nos incita

a fúria de ferir a fera que nos caça