DOS AMORES E DOS POETAS
Olhaste o vazio, pensando papel,
Sem que tiveste outro criado
O poema do ser amado
Entre as brumas só silêncio noturno
Foram-se anseios ao vazio que ficou
Mas de poeta, esse nada teve,
Pois de página vazia, ainda se encontra,
A desilusão do falso poeta que viste
Olhaste o véu noturno, doces palavras,
Centradas pela página alva
Agora sim, sentes os arrepios à pele,
O poeta passou é verdade
Mas suas marcas estão por todos os lados
E tua boca ainda ressente teus beijos
Teus seios sentem a maciez dos versos
A paixão do real poeta te existe
Aquela estrela marca a latitude desta nau no vasto mar.
O olhar rebrilha com a lágrima que escapa.
Peixão89