DOS AMORES E DOS POETAS

Olhaste o vazio, pensando papel,

Sem que tiveste outro criado

O poema do ser amado

Entre as brumas só silêncio noturno

Foram-se anseios ao vazio que ficou

Mas de poeta, esse nada teve,

Pois de página vazia, ainda se encontra,

A desilusão do falso poeta que viste

Olhaste o véu noturno, doces palavras,

Centradas pela página alva

Agora sim, sentes os arrepios à pele,

O poeta passou é verdade

Mas suas marcas estão por todos os lados

E tua boca ainda ressente teus beijos

Teus seios sentem a maciez dos versos

A paixão do real poeta te existe

Aquela estrela marca a latitude desta nau no vasto mar.

O olhar rebrilha com a lágrima que escapa.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 13/09/2006
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