AGUILHÃO NOTURNO
Das sacadas de Varadero
Soturno fetiche que perambula
Entre os estreitos que correm na rua
Na baixa do terreno que se veste
Entre liras paulistanas & afins
Bote certeiro pelas escadas
De cada alcova ileso e nu
Enquanto a tarde enrubesce
Nativo, latino, notívago,
Asas libertinas entre uma e outra paixão
Da ferina palavra que se avulsa
O ledo engano que se despe
Tomar tua mão em pleno beijo
Olhar fixo em teus segredos
Vir abaixo dos teus seios
Focos em anseios do leste
Matreiro coração escarlate
Entre a tua plumagem viva
Desaparece feito encanto
Papel de parede encobrindo as vestes
Marujo que empunha calcinante
Travessuras entre tantos lençóis
Domina a paisagem desvairada
Uma estrela que brilha para oeste
Ouvidor de tantos reclamos
Planos limitados seja qual paragem
O riso que tira de teu frescor
Entre tuas coxas um gozo celeste
Na próxima vazante iça velas para o bom da vida!
Peixão89
No olhar de um grande poeta (1º texto), tiramos uma prosa para novos textinhos.
Ao amigo Jurandir Argolo em "Sou das manhãs".