AGUILHÃO NOTURNO

Das sacadas de Varadero

Soturno fetiche que perambula

Entre os estreitos que correm na rua

Na baixa do terreno que se veste

Entre liras paulistanas & afins

Bote certeiro pelas escadas

De cada alcova ileso e nu

Enquanto a tarde enrubesce

Nativo, latino, notívago,

Asas libertinas entre uma e outra paixão

Da ferina palavra que se avulsa

O ledo engano que se despe

Tomar tua mão em pleno beijo

Olhar fixo em teus segredos

Vir abaixo dos teus seios

Focos em anseios do leste

Matreiro coração escarlate

Entre a tua plumagem viva

Desaparece feito encanto

Papel de parede encobrindo as vestes

Marujo que empunha calcinante

Travessuras entre tantos lençóis

Domina a paisagem desvairada

Uma estrela que brilha para oeste

Ouvidor de tantos reclamos

Planos limitados seja qual paragem

O riso que tira de teu frescor

Entre tuas coxas um gozo celeste

Na próxima vazante iça velas para o bom da vida!

Peixão89

No olhar de um grande poeta (1º texto), tiramos uma prosa para novos textinhos.

Ao amigo Jurandir Argolo em "Sou das manhãs".

Peixão
Enviado por Peixão em 13/09/2006
Código do texto: T238963
Classificação de conteúdo: seguro