Maturidade

Foi o tempo, meu amigo,

Que me fez assim tão bela...

Deu-me um olhar mais doce

Que o amargo não revela

Lambuzou minhas palavras

Com mel da sabedoria

Nem de mim eu sou escrava

E “ter” não tem mais valia.

Deu-me um sorriso fácil

Que eu distribuo à toa

Se o velho corpo está frágil

A alma criança voa!!!

Escreveu em minha pele

As histórias que eu vivi

Entre glórias e derrotas.

Eis-me aqui – sobrevivi

E livre de toda a ciência

Que o mundo explica e ativa

Deu-me o tempo, por clemência,

O entendimento da vida

Emília Casas
Enviado por Emília Casas em 12/09/2006
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