insônias arrastam o fígado




no corpo da taça
todo o dia
e tudo que virou verdade
distorcidos em aplausos

(ou seria um vendedor
plantado no portão?)

N Ã O.

são sete horas da manhã, cara
e estou de cara
na farra d'outro vazio
às cadeiras desocupadas
douto
contemplando a dança das cortinas

meu vigésimo quarto outono
e nada de sono
nada de sonho
nada.

(- Querida noite,
muito obrigado
pelo açoite.)





 

20/3/2001
Lucas de Meira
Enviado por Lucas de Meira em 20/07/2010
Reeditado em 29/08/2015
Código do texto: T2388301
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