Antúrios silvestres vagam nos trilhos...
Antúrios silvestres vagam nos trilhos
Um índio espreita a Lua, pedindo bençãos
Orvalho latente nas ondas do rádio
Pulmão para tóxicos na safra da cebola
Uma estrada descendo o planalto para o interior
Vejo nos cabelos brancos, uma nota de adeus
Margem seca, outro Sol no caminho da cana
A vara que pesca está longe dos olhos
O fluir da vida, uma pilha de grãos
Quem te viu apolítico, passando do horário
Falsetes e requebros, bocaque rebola
Solidão nos campos, além e ulterior
Fica para a terra, somente para os teus
Vida que se viveu, ao azar uma banana!
Quando olho para essa terra, vejo o verde
Que se extensa, só não vejo aquele sorriso
Onde está Tio, a sua presença!
Para esse Lívio que agora se foi...
Peixão89