Antúrios silvestres vagam nos trilhos...

Antúrios silvestres vagam nos trilhos

Um índio espreita a Lua, pedindo bençãos

Orvalho latente nas ondas do rádio

Pulmão para tóxicos na safra da cebola

Uma estrada descendo o planalto para o interior

Vejo nos cabelos brancos, uma nota de adeus

Margem seca, outro Sol no caminho da cana

A vara que pesca está longe dos olhos

O fluir da vida, uma pilha de grãos

Quem te viu apolítico, passando do horário

Falsetes e requebros, bocaque rebola

Solidão nos campos, além e ulterior

Fica para a terra, somente para os teus

Vida que se viveu, ao azar uma banana!

Quando olho para essa terra, vejo o verde

Que se extensa, só não vejo aquele sorriso

Onde está Tio, a sua presença!

Para esse Lívio que agora se foi...

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 11/06/2005
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