O Outono

*feito em 1999

Não me lembre

Da noite em claro

Nem daquela febre

Que persiste no outono

Não me lembre

Da escuridão vazia

Nem da noite quente

Dos papos de boemia

Não me cale novamente

Não chore nem implore

Não lamente

Nem se quer me lembre

Daquelas noites em claro

De remorso e confusão

De tiritar das luzes

Fagulhas na minha mente

Não me lembre

Dos soluços

Nem se quer do choro

Não se tormente

Porque parece que a vida

Se torna tão insípida

Às vezes, que lamento,

Por breve momento

As escolhas fatídicas

Esperadas em cada esquina

Dos sonhos presentes

Por trás de um sofrimento

Não me estrangule

Deixe corre um pouco solto

E depois me diga

Onde deu isso tudo

Pode comer minhas carnes frias

E depois arrotar

Porque debaixo da pele

Há de brotar um outro sonho

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 19/07/2010
Reeditado em 19/07/2010
Código do texto: T2386117
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