Canto à Iracema

Por fim cai formosa dama

O filho de sua alma nos braços,

Os lábios sequiosos de amor...

Não maravilhavam tal regalo.

Desfaz, na brisa o mavioso olhar,

Com ele se perdera o canto

O verde que outrora lhe saudara...

Guarda agora todo o pranto.

Tenaz se ouve tal pocema.

Do guerreiro que anda só,

Pelos olhos de Iracema

Em idos sorrisos divisa o pó.

Audaz, virgem tu foste

A nadar por cristais de água,

A cantar por verdes campos,

A emprestar beleza aos bosques.

O segredo guardou da jurema,

Em seu colo o apogeu da beleza,

Mistérios, os teus olhos faceavam

Aos doces sonhos de Iracema.

Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2010.

Well Calcagno
Enviado por Well Calcagno em 18/07/2010
Reeditado em 18/07/2010
Código do texto: T2385521
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