Fecho os olhos agora
Fecho os olhos agora
sem sentir
O frio, o tempo e o nada
e os meus sonhos
por um triz
O espelho
das minhas
lembranças
e o pó do entulho
Atormenta a mente
empalidece o escuro
Inocência
imersa no sangue
que chorou sem amor
Inocência
guardada em lágrimas
denso carmesim
Correndo nos trilhos da dor
que castigam os pés
e nos olhos vislumbres de horror
Caiu de joelhos
beijando as brasas
nos portões do Inferno
Segundo eterno
Fecho os olhos agora
e senti
reviver o peito e a alma
degelam pensamentos
tão dispersos