Triste lua.
Fico com pena da lua.
Quando a vejo andar sosinha.
Inteira, limpida e nua
Perdida na sua estrada.
Tristeza maior que a minha.
Subo nesta montanha.
E venho falar com ela.
E vejo-a tão descorada.
Envolta em veus de neblina
Que volto sem dezer nada.
Coitada da minha lua.
Com sua luz prateada.
Tão linda mas tão distante.
Não percebe e nem escuta.
Os beijos,as juras o canto
Que trago pra dar pra ela.
Serra do Paiol 1995