Aspecto
Por fim, depois de tanto sofrer acumulado
Tanta tristeza vivida, tanto dissabor
Eis que surge um vulto sob forma de amor,
Nunca duvidoso, sempre explicado.
É bom vê-lo de repente em animação
Com a alegria que debela rancor
Embora com um pouco de emoção
Mas sempre com a serenidade da flor.
Um cara diferente de mim, opulento e argucioso
Sabendo cantar e voar
E não fingir como esse meu coração bondoso.
O vulto: uma coisa que a explicação não explica
Que só se vai quando a intuição se afastar
E a luz de minha alma a escuridão se aplica.