Aspecto

Por fim, depois de tanto sofrer acumulado

Tanta tristeza vivida, tanto dissabor

Eis que surge um vulto sob forma de amor,

Nunca duvidoso, sempre explicado.

É bom vê-lo de repente em animação

Com a alegria que debela rancor

Embora com um pouco de emoção

Mas sempre com a serenidade da flor.

Um cara diferente de mim, opulento e argucioso

Sabendo cantar e voar

E não fingir como esse meu coração bondoso.

O vulto: uma coisa que a explicação não explica

Que só se vai quando a intuição se afastar

E a luz de minha alma a escuridão se aplica.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 18/07/2010
Reeditado em 18/07/2010
Código do texto: T2384179
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