`A Flor De Maracujá
Não deixo espaços em branco
Sem provar o profundo inteiro do rabisco
Caneta corre solta e me devo aliás o mundo
Por ter te deixado com o desconhecido velho letrado
Meu filho te ama por não saber a verdade do ódio
Que sempre lhe coube bem melhor que a calmaria
E eu que um dia inocentemente disse ser trovão
Foi aniquilado por você que provou ser Deus de toda ira
Desejo agora o claro preto de toda ilusão
Deixe-me paz finalmente mas não se esqueça
De sempre me cutucar com vara curta
Pois sabes que onça não samba sem afiar as unhas
Quantas vezes você ainda irá me castrar?
Cabe a ti os pedaços do grande avental
Suco de limão, cachaça, açucar e sexo
Lembre-se que contínuo o mesmo!
...doce flor de maracujá
...besta flor de se olhar.
(Terça Feira, 07/12/99)