Vida ligeira
Oh! Vida que passa tão ligeira
Sem ao menos notar,
O meu coração solitário.
Circula em outro momento.
Buscando algum dia achar.
Alguém que conheça o tempo.
Para que possa assim retornar.
Aquele sentido distante
Que há muito tempo se foi com vento.
Deixando-o sozinho para trás.
Oh! Vida que passa tão ligeira
Talvez você vá me notar,
Pois tu és tão passageira
E enche de sabedoria o ar!
Outro me disse uma vez,
Para minha vida eu mudar.
Então perguntei o que ganho,
Tendo que meu sonho parar?
Não me importei com a idéia,
De minha vida mudar.
Hoje me vejo sozinho
Pensando em talvez retornar.
Oi! Vida ligeira,
Que bom finalmente notar
Minha solidão perdigueira.
Trouxe-me pra este lugar!
Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2009.