SONETO DO ONTEM AO AMANHA
Hoje, sou estrela apagada
no verso do papel amassado
jogado ao vento, renegado e
esquecido na gaveta lotada.
Hoje, sou folha no jardim
caída da arvore mais alta
perdeu seu verde, assim
a beleza não mais se exalta.
Ontem eu era verso lindo
recitados na tua janela
aguardando-te, em espera.
Amanha, contesto destino
faço-me folha de aquarela
de versos escritos em tela.