O INEVITÁVEL
Das vezes que o amor
Simples, puro, efêmero, duradouro
Traz mais que doce dor...
Não se compra com ouro,
Sai do peito rumo ao cérebro
E quase célere trai o raciocínio.
E um dia será féretro,
Uma desculpa para o extermínio...
Mas ainda o quero
Porque espero
Qualquer sinal que garanta
Outras tantas tempestades:
Tantos sentimentos sem maldades
E ao mesmo tempo
Tanto amargo e saudade
De um todo sem existir,
Que guia qualquer ser
Por nele acreditar
Ou, inevitavelmente, por não o ter.