Tarde, Noite e Dia!
A tarde cai...
De mansinho
Como plumagem
De passarinho
Novinho
No ninho
A noite a apara
Suavemente
Delicadamente
Como quem ampara
Um desfalecente
E Elas se enlaçam
Docemente...
A tarde vira noite
Num repente
Abraçam-se
Fartamente
Brincam, cantam
Riem, choram
Intensamente
Até gastar-se o manto
Frio e quente
E Ela sem querer
Fica demente
E a noite vai
Caindo, diferente
Morrendo ela acorda
Lentamente
E vê bela matrona
Resplendente
Chegar a altas horas
Silenciosamente...
Ela se chama Aurora
Diz solenemente
É mãe de um novo dia!
E Ele vai nascendo
Tão belamente
Abrindo um sorriso
Todo envolvente...
Beijando toda Terra
Galantemente
Cobrindo-a
De promessas
E de presentes
Generosamente