HORIZONTE
Que farei dos horizontes,
Que se aproximam de mim,
E que, no entanto, não são mais horizontes,
Por estar perto, naquele jardim.
Que farei dos teus encantos,
Desta distância, por fim,
E que, no entanto, de se fazer em tantos,
Estão sempre a frente, assim, assim...
O que há em tuas entranhas,
Que o sol, o céu, o vento e a lua,
E até a noite, em suas façanhas,
Vem beijar a tua pele crua e nua.
Que pensar de ti, horizonte,
Que em tua mutável agonia,
Continua dia a dia
No mesmo lugar...No horizonte!