ESTRÉIA
Uma menina nasce
Na nona manhã de abril.
Foi tragada lentamente
Por bocas ocultas
Silenciosas e mornas.
Submergiu em círculos
Até alcançar o colo das mãos
Purpúreas e firmes.
Assim estreou no mundo:
Envolta num cordel de luz
Condecorada com versos inéditos
Garantidos nas rimas brancas
No ápice da liberdade.