ESTRÉIA

Uma menina nasce

Na nona manhã de abril.

Foi tragada lentamente

Por bocas ocultas

Silenciosas e mornas.

Submergiu em círculos

Até alcançar o colo das mãos

Purpúreas e firmes.

Assim estreou no mundo:

Envolta num cordel de luz

Condecorada com versos inéditos

Garantidos nas rimas brancas

No ápice da liberdade.

Luz Miranda
Enviado por Luz Miranda em 15/07/2010
Reeditado em 15/07/2010
Código do texto: T2380023