ENTARDECER

As nuvens no firmamento se acendem como tochas;

Brumas formam desde o alto uma cortina de algodão dourada;

E na linha que separa terra e céu desce a esfera colorada;

Despejando sua luz amarela, incendiando as formas em chamas;

E no horizonte mergulhado no bronze que o sol nos lança;

Duas asas em “V” se distanciam ao longe bem lentamente;

E a gloriosa harpia observa o entardecer imponente;

Sobre as folhas negras da araucária onde o olhar alcança;

E mais acima, mancha o céu do crepúsculo uma nova cor;

Que norteia o palato celestial a um tom azul anil;

E consigo trás as estrelas, jóias delicadas da qual a cor não se definiu;

E entre esses dois pólos que intercalam o dia e a noite;

Encontra-se o entardecer, o lusco-fusco do poente;

A chegada das luzes negras da noite às claras luzes do dia que partiu.

Tomb
Enviado por Tomb em 15/07/2010
Código do texto: T2379479
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