SEM LENÇO, SEM GUARIDA...
Vilões idôneos
Bem vestidos
Belos colarinhos
Inda sobrevivem
De roubarem sonhos
De surrupiarem ideais
De decretarem lágrimas
De aumentarem a população
De famintos.
Sorridentes desfilam
Bebem em bares finos
À sua volta
Rosários de faces tristonhas
Que caminham em desalentos.
E quantos inda
Não tiram o chapéu
E o aplaudem?!
Diante desses cães
Milhares de órfãos
E infelizes não encontram
Ombros para chorarem...
Suas dores, suas mágoas.
E nos perguntamos:
Como suportamos
Por tanto tempo
Sermos tão enganados,
Massacrados, esmurrados amiúde!!??
E assim caminhamos
Por caminhos incertos,
Sem lenço, sem segurança,
Sem saúde pública segura,
Sem guarida...
Governados que somos
Por quem só vê seu próprio umbigo.
E... quem trabalha
À beira do caos
Migalhas só percebem,
Por cada hora trabalhada