SEM LENÇO, SEM GUARIDA...

Vilões idôneos

Bem vestidos

Belos colarinhos

Inda sobrevivem

De roubarem sonhos

De surrupiarem ideais

De decretarem lágrimas

De aumentarem a população

De famintos.

Sorridentes desfilam

Bebem em bares finos

À sua volta

Rosários de faces tristonhas

Que caminham em desalentos.

E quantos inda

Não tiram o chapéu

E o aplaudem?!

Diante desses cães

Milhares de órfãos

E infelizes não encontram

Ombros para chorarem...

Suas dores, suas mágoas.

E nos perguntamos:

Como suportamos

Por tanto tempo

Sermos tão enganados,

Massacrados, esmurrados amiúde!!??

E assim caminhamos

Por caminhos incertos,

Sem lenço, sem segurança,

Sem saúde pública segura,

Sem guarida...

Governados que somos

Por quem só vê seu próprio umbigo.

E... quem trabalha

À beira do caos

Migalhas só percebem,

Por cada hora trabalhada

Claudio Dortas
Enviado por Claudio Dortas em 15/07/2010
Reeditado em 15/07/2010
Código do texto: T2379286