CIDADE OCIDENTAL

Eu te vejo com olhos de poeta,

Cidade em torno dos sonhos.

Saiba que a esperança pulsa em mim,

E gostar de ti é doar-me sem que percebas.

Eu te sinto no coração.

Se te ferem, sofre minha alma.

Sinto dores civis, pelo rosto invisível... dor cidadã.

Oh!, cidade, em teu lago enluarado passeia São Jorge,

Admirando o verde do teu bosque,

Não entendendo como a natureza

Reuniu toda a primavera que havia no paraíso.

Assim me contou um profeta embriagado,

Este milagre da poesia.

Oh!, cidade de meninas lindas

Que te fizeram famosa.

Suas manhãs são impressionantes

E bem vivas como pinturas de Van Gogh.

E o pôr-de-sol abraça a tarde

Com êxtase de carícia manhosa.

E a noite?! São noites liricas e poéticas, pianos de luar

Esquecidos por Beethoven nos bares da Ocidental.