Agora é puro azul de mar
Tem horas que me perco no Tempo e brinco
Nas mutações produtos finais de tantas estações.
As muralhas da distância, o som do destino
Entraves entre o doce sabor da chegada e o
Amargo despertar para a partida.
Sinto, a saudade se aproxima, lentamente irá derramar-se sobre mim
E com ela a brisa que traz o perfume das camélias
O vento calmo as espalha, perfeito caminho.
O Tempo... ameaça constante de quem vive
Com frieza quase sempre altera a beleza das coisas.
Suavemente o outono também passou
Deixe-me agora viajar pelo novo do inverno
Já que a primavera sempre vem depois espero
E silenciosamente sorverei então o doce dos teus lábios.
É possível dormir, sonhar e não esquecer
O olhar terno, amor impreciso e ausente do nada veio
E agora é puro azul de mar que vai e vem
Buscando o sossego no olhar de outro alguém.