AMOR SEM FIM
AMOR SEM FIM
Ao som de suave e fantástica melodia
Multidão de ecos encantavam
Cintilavam corações que ardiam
Eram outros tempos, outras eras
Estampas, fotografias de uma magia
O ardente desejos de seres
Que mutuamente se buscavam
Se amavam e este amor prometia
Ludibriar a palidez da morte
Viajavam dali em espírito transporte
Reviviam passado, perscrutavam futuro
Reviam cenas de sacrifícios, oferendas
Multidões que espectralmente se moviam
Sem rostos, sem cores
Recordações de uma lenda
Crescia desejo de libertarem-se de vez
Do espectro e do carnal, talvez
Fundindo-se em êxtases de amor
De tanto bem querer
Cruzariam vales de sombras e dor
Muitas vezes em sorrir sem rir
Em chorar sem lágrimas verter
Ao final de tantas transmigrações
Suas almas deveriam se iluminar
Ao ponto de se fundirem, então
Atingiriam o nirvana do coração
Onde desaparecem as ilusões
Hoje, depois de tanto penar
Reencontram-se seres afins
Cumprindo promessas...
Saindo da lenda...
DIANA LIMA, SANTO ANDRÉ/SP