AMOR SEM FIM

AMOR SEM FIM

Ao som de suave e fantástica melodia

Multidão de ecos encantavam

Cintilavam corações que ardiam

Eram outros tempos, outras eras

Estampas, fotografias de uma magia

O ardente desejos de seres

Que mutuamente se buscavam

Se amavam e este amor prometia

Ludibriar a palidez da morte

Viajavam dali em espírito transporte

Reviviam passado, perscrutavam futuro

Reviam cenas de sacrifícios, oferendas

Multidões que espectralmente se moviam

Sem rostos, sem cores

Recordações de uma lenda

Crescia desejo de libertarem-se de vez

Do espectro e do carnal, talvez

Fundindo-se em êxtases de amor

De tanto bem querer

Cruzariam vales de sombras e dor

Muitas vezes em sorrir sem rir

Em chorar sem lágrimas verter

Ao final de tantas transmigrações

Suas almas deveriam se iluminar

Ao ponto de se fundirem, então

Atingiriam o nirvana do coração

Onde desaparecem as ilusões

Hoje, depois de tanto penar

Reencontram-se seres afins

Cumprindo promessas...

Saindo da lenda...

DIANA LIMA, SANTO ANDRÉ/SP

Diana Lima
Enviado por Diana Lima em 10/06/2005
Reeditado em 19/09/2008
Código do texto: T23771