Labirintos
Labirintos
O espanto do silêncio
labirintos de mim
perdidos no tempo
jogados ao vento
no caminho deserto.
Suporto mansa, o espinho
venço provações
da dor que me oiprime
persistente, busco
a força da esperança
que liberta.
Um sentimento de solidão
abre um rio no meu corpo
uma lágrima escorre teimosa,
a chuva chega benfazeja
bordando um sorriso em meu rosto.
silêncio, sempre o silêncio
Lava a tortura que atormenta,
ouço o ruídodos dos passos da amargura
dispo-me do sentimento de abandono,
abre-se uma vaga,
não me permito ilhar-me das palavras,
pois nem todo exílio é mudo.
Reacende-se o facho da madrugada
das noite emsombreada que passou
costuro a esperança
de nascer uma nova luz.