"Silhueta"

SILHUETA

Com a discrição de um olhar indiscreto,

Sem, contudo, poder chegar perto.

Pude ver com emoção,

A sombra de seu corpo em revelação.

A beleza de uma mulher menina,

Desenhando a parte feminina.

À mostra através de um box embaçado,

Sentindo o perigo do instinto ameaçado.

Muito difícil manter a postura,

Diante daquela conjuntura.

Confesso toda minha pequenez,

Mas é preciso manter a lucidez.

Fica então aqui em segredo,

É prudente ter medo.

Vou esperar pelo amanhã,

Quem sabe, age com a mente sã.

Bela silhueta não sai da lembrança,

Mas alimento ainda a esperança.

De que possas trazer-me a felicidade,

Na paixão de sua intimidade.

Mulher, a grande formosura,

Talhada como escultura.

A nudez com amor, sem pecado é rima,

Sendo de Deus a obra-prima.

Antônio de Pádua Elias de Sousa

13/07/10

Formiga – MG - (037) 8822-9772

Antônio de Pádua
Enviado por Antônio de Pádua em 14/07/2010
Código do texto: T2376430
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