SIMBIOSE
Contemplando tua mão
( Sobre a minha)
Minha imaginação cria asas
E com a outra mão
Escrevo este poema
Falando das mãos
Da mão que amassa o pão
Que sangra no roçado
Depois dá o ritmo no samba
Da mão
Que balança o berço
Que segura o terço...
Há a mão benfazeja
Que sai da manga da camisa
E benze o bebê
A mão bendita da mãe
Que mantém a manta
Cobrindo o filho
Tem a mão boba
Do amante cara de pau
Que bole no botão errado
Outra mão a detém, ou não
A mão, é pau pra toda obra!
Mas só a mão de DEUS
É que manda e desmanda
E o mundo anda
Enquanto isso...
Nós andamos de mãos dadas
S. Paulo 15/09/1997
cordeiro1110@gmail.com