O ARDINA

De madrugada sai para a rua
A caminho da redacção
Mas que vida esta a sua
Mas dá-lhe satisfação
Faça chuva ou faça sol
Lá vai ele uma cantiga entoando
Ora cantando ora assobiando
Para os males da vida espantar
Depois sai-lhe o pregão do seu rol
De noticias para o ar
Ao ombro a sua sacola
De jornais para vender
Desde pequeno nem foi à escola
Esta vida dá-lhe prazer
Não sabe ler nem escrever
Vende letras a quem passa
Vende jornais para viver
Será destino ou desgraça
Lá vai o pequeno ardina
Sem sapatinhos nos pés
A cumprir a sua sina
Mas é feliz como é…
 
16/02/2010
Homenagem a minha amiga 
Odete Murta
 
 
Edyth Teles de Meneses
Enviado por Edyth Teles de Meneses em 13/07/2010
Reeditado em 13/07/2010
Código do texto: T2374436
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