Água azul do mar
O clima quente propicia a seca, no açude o gado ruge e morre...
O boiadeiro do cavalo apea, o lavrador na labuta entregue a sorte,
A lavadeira na pedra de corte... O lenhador trabalha até a morte
A tarde demora, mas com certeza virá. À noite a solidão é fera
A água corrente não espera, o peixe preso na malha foge e me atrapalha...
O comboio não anda fora dos trilhos, aferi-se o alqueire com o metro...
O ouro tem mais fulgor, na estrofe constrem-se fragmentos de perpetuo amor.
A noite sempre me encanta, principalmente, quando há a beleza do luar
Ave que não gorjeia com certeza não irá me encantar
E eu aqui na solidão doido para te falar, dê-me teu lenço branco
Para meu pranto enxugar, o amor está no encanto da água azul do mar.