Água azul do mar

O clima quente propicia a seca, no açude o gado ruge e morre...

O boiadeiro do cavalo apea, o lavrador na labuta entregue a sorte,

A lavadeira na pedra de corte... O lenhador trabalha até a morte

A tarde demora, mas com certeza virá. À noite a solidão é fera

A água corrente não espera, o peixe preso na malha foge e me atrapalha...

O comboio não anda fora dos trilhos, aferi-se o alqueire com o metro...

O ouro tem mais fulgor, na estrofe constrem-se fragmentos de perpetuo amor.

A noite sempre me encanta, principalmente, quando há a beleza do luar

Ave que não gorjeia com certeza não irá me encantar

E eu aqui na solidão doido para te falar, dê-me teu lenço branco

Para meu pranto enxugar, o amor está no encanto da água azul do mar.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 11/09/2006
Reeditado em 11/02/2007
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