Closet
Na ponta dos pés, num rodopio
Num olhar de relance, arrepio
Porque a muito foi-se a lucidez
Entre o fim do mundo e o fim do mês
Num jogo onde as idéias são cavalos
E as palavras peões no meu xadrez
Dance sobre a estrutura mais frágil
E exiba seu corpo, seu lance ágil
Não se preocupe em velar o santuário
Solte o seu corpo e a alma, saia do armário.
Vivemos todos nessas mesmas quietas ruas
As calçadas solitárias de formatos estranhos
E iguais que se esbarram.
É normal... Como as luas.