Closet

Na ponta dos pés, num rodopio

Num olhar de relance, arrepio

Porque a muito foi-se a lucidez

Entre o fim do mundo e o fim do mês

Num jogo onde as idéias são cavalos

E as palavras peões no meu xadrez

Dance sobre a estrutura mais frágil

E exiba seu corpo, seu lance ágil

Não se preocupe em velar o santuário

Solte o seu corpo e a alma, saia do armário.

Vivemos todos nessas mesmas quietas ruas

As calçadas solitárias de formatos estranhos

E iguais que se esbarram.

É normal... Como as luas.

Rubens Piedade
Enviado por Rubens Piedade em 13/07/2010
Reeditado em 31/07/2012
Código do texto: T2374261
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