Horário Nobre ou Circo Romano.
Há um corpo que morre
De bala ou de faca
Há um louco que corre
Circulando na praça
E uma lona que cobre
Este drama, esta farsa.
Há um louco cantando
Se perdendo no riso
Há um sol desprezado
Mergulhando no abismo
E um relógio cansado
Vai cotando o perigo.
Há um circo montado
Noutro canto da sala
Um pretor celerado
Que responde e fala
Descrevendo a tragédia
Que entretém e se acaba.